Já estamos na época da semeadura do milho e é nesse período que os produtores devem se atentar à todas as questões que são importantes para uma lavoura produtiva e saudável. Entre elas, está o cuidado com pragas e doenças que podem afetar o cultivo, causando perda de produtividade, de qualidade de grãos e silagem.
Um inseto que vem se tornando muito comum em nossa região é a Dalbulus maidis, popularmente conhecido como cigarrinha-do-milho. Na última safra de milho, gerou enormes prejuízos no Rio Grande do Sul, chegando a 100% da lavoura em algumas situações.
Para proteger sua lavoura desse perigo e evitar perdas graves da produção, acompanhe nossas dicas e informações. Boa leitura!
O que é a cigarrinha?
A cigarrinha-do-milho é um pequeno inseto com cerca de 0,5 cm quando adulto. Pode ter variações na coloração, e sua principal característica, que a diferencia das demais cigarrinhas, é a presença de duas pontuações pretas na parte superior da cabeça. Ela se alimenta da seiva, e consegue se reproduzir apenas no milho, podendo se alimentar em outras plantas na entressafra.
O que ela causa?
A cigarrinha transmite vírus e molicutes, uma classe de bactérias. Ao se alimentar de uma planta que esteja infectada, o inseto também fica contaminado com essas toxinas, que são transmitidas quando ela vai de uma planta para outra.
O milho infectado apresenta sintomas de enfezamento, que incluem:
- Diminuição na capacidade de absorção de nutrientes;
- Redução de produção de fotossíntese;
- A planta não cresce como deveria;
- Espigas improdutivas, menores e com falhas;
- Grãos mal formados;
- Porta de entrada para outras doenças.
Os danos são gravíssimos e podem acarretar na perda de todo o cultivo. Um dos maiores riscos em relação à cigarrinha é que a infecção pode ocorrer logo nos estágios iniciais de crescimento, mas só é perceptível durante a fase de produção. Por isso, a prevenção é essencial.
Como prevenir e controlar ?
Já que a doença ocorre quando a cigarrinha se alimenta do milho infectado, os meios de precaução focam em minimizar a proximidade entre plantas possivelmente contaminadas e a nova plantação. Eliminar as plantas tigueras (que continuam no solo mesmo após sua safra, atrapalhando o início de um novo cultivo), não iniciar uma lavoura ao lado de outra antiga e comprar sementes de variedades resistentes são algumas das maneiras de prevenir.
O principal método de controle parte do monitoramento frequente da lavoura, avaliando a presença ou não do inseto na área. Armadilhas adesivas são uma ótima ferramenta para monitorar a cigarrinha.
O uso de inseticidas especializados, com intervalos de aplicações recomendados, como neonicotinóides e organofosforados são as principais ferramentas químicas para controle. Um ótimo aliado ao controle químico é o uso de controle biológico, com o fungo entomopatogênico Beauveria bassiana.
Outra prática comum e efetiva é o tratamento de sementes, já que a doença surge logo no início do desenvolvimento do milho.
Ao realizar o manejo da cigarrinha, o mais importante é não contar com apenas uma forma de controle, mas aliar diversas ações.
Proteja sua lavoura das pragas
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