A suplementação do rebanho é uma alternativa a ser considerada pelos criadores de gado, a fim de garantir o melhor desempenho das vacas no regime de pastagem.
E é exatamente sobre o assunto que esse artigo vai tratar, além de indicar recomendações para suplementar da melhor forma possível e a importância dessa prática. Boa leitura!
Matrizes do rebanho
Quando falamos de matrizes de rebanho, devemos lembrar que a vaca possui como prioridade a nutrição para suprir três aspectos principais: manutenção, crescimento (no caso das novilhas) e reprodução.
Dessa forma, é fundamental que a nutrição esteja adequada para garantir o funcionamento correto das atividades reprodutivas. Caso isso não aconteça, a reprodução será afetada e, consequentemente, a vaca será a última a retornar à normalidade, causando prejuízos aos produtores.
A importância de realizar o monitoramento do estado nutricional do rebanho
Antes de decidir qual suplementação será utilizada, é preciso considerar o estado de nutrição do gado, preferencialmente durante a época de desmame. Com isso, identificam-se os animais que precisarão de um manejo diferenciado.
Essa avaliação pode ser feita de inúmeras formas, mas a mais comum é a análise do score de condição corporal (CC), que é de fácil aplicação e baixo custo.
A CC (Condição Corporal) está relacionada à quantidade de gordura corporal, sendo uma alternativa confiável para avaliar o estado nutricional dos animais. Além disso, tanto a CC quanto a nutrição têm um grande impacto sobre a eficiência reprodutiva. Para otimizar a reprodução, as vacas precisam ser remanejadas de forma a atingir uma CC de 5 a 7, em uma escala de 1 a 9 pontos, no momento do parto.
A nutrição das vacas na época seca do ano
Os meses de agosto e setembro são considerados o período seco do ano, caracterizados pela baixa disponibilidade e qualidade da forragem. Com isso, a piora no desempenho do animal ocorre pela falta de proteína (nitrogênio).
É nesse momento também que os produtores devem redobrar a atenção para o manejo diferenciado do gado, para evitar que as matrizes tenham partos em score corporal baixo e dificuldade em emprenhar novamente.
Já os bezerros desmamados enfrentarão perda de peso e entrarão na fase de engorda, necessitando recuperar a massa perdida.
Comprovação científica referente à suplementação
Esse tema é objeto de diversos estudos, que comprovam a importância de inserir suplementações na rotina alimentar do gado. Veja algumas informações levantadas em pesquisas:
- A complexidade da fase de criação e a perspectiva de que a suplementação de matrizes de corte no Brasil seja economicamente inviável são fatores que podem explicar o baixo número de estudos nacionais relacionados à suplementação de vacas em fase de reprodução.
- A eficiência produtiva das fêmeas no final da gestação depende de pastos de qualidade. No entanto, na prática, muitas vezes isso não é possível, já que as pastagens estão degradadas, e as mais produtivas são destinadas à recria e à engorda do gado.
- A suplementação materna resulta em um aumento significativo no peso dos bezerros ao desmame, com um acréscimo médio de 8,3 kg naqueles cujas mães receberam suplementação alimentar.
Recomendações para a suplementação
O sucesso de uma suplementação depende de um programa previamente estabelecido, recomendado por uma assistência técnica especializada. No entanto, algumas orientações são básicas:
- A área do cocho deve ter pelo menos 20 cm lineares por cabeça de gado, garantindo que todos tenham acesso à suplementação;
- O suplemento deve ser armazenado em locais estratégicos. Dessa forma, se tem maior controle de consumo e a rotina torna os animais mais dóceis;
- Observe os requerimentos minerais e vitamínicos, que devem ser calculados conforme as exigências das categorias suplementadas;
- Respeite os limites das fontes de nitrogênio não protéico.
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