Ter uma horta própria é um desejo de muitas pessoas, já que facilita o acesso a produtos naturais e saudáveis. Mas, nem todo mundo tem as condições necessárias para cultivar suas próprias sementes. A falta de espaço, por exemplo, é definitivamente um dos maiores impedimentos para que isso aconteça.
Entretanto, buscando solucionar esse problema, diversos lugares contam com hortas comunitárias, um lugar utilizado por diversas pessoas, onde todos cultivam e cuidam das plantações juntos e usufruem do que é produzido. Essas ações também resolvem outra questão: possibilitam que populações em comunidades carentes tenham uma alimentação mais nutritiva.
Além de proporcionar o acesso a esses produtos, projetos como esse promovem uma interação maior com a natureza, algo que está se perdendo na vida urbana.
Acompanhe o texto para saber mais sobre as hortas comunitárias!
Como funciona?
As hortas comunitárias podem fazer parte de um projeto social, geralmente apoiado e fiscalizado pelo poder público, ou serem criadas em espaços privados, como condomínios.
São cultivadas por pessoas que moram próximo ao local da horta ou por cooperativas de produção sustentável. Os alimentos produzidos podem servir para consumo próprio ou para comercialização.
Como criar uma horta comunitária?
Tudo depende de qual o objetivo e finalidade. Se a ideia é criar um espaço em um condomínio, onde os moradores podem cultivar seus alimentos, as regras de funcionamento devem ser definidas em conjunto com todos que participarão. Nesse momento, é hora de responder perguntas, como: iremos apenas dividir o espaço para que cada um plante o que quiser? Todos terão acesso e responsabilidade de cuidar de qualquer produção da horta?
É importante elencar pessoas responsáveis por fiscalizar essas regras e também contar com especialistas em agricultura para orientar sobre os cuidados de cada planta.
Já em projetos sociais, geralmente se utiliza um espaço público ou doado. Nesse caso, é essencial buscar apoio e ajuda do poder público ou de instituições como ONGs. Após cedido o local, as mesmas definições de coordenadores e de normas deve ser realizada.
Para que a ação tenha resultados ainda mais completos, sendo uma fonte de geração de renda, de integração da comunidade, desenvolvimento de habilidades e troca de conhecimentos, é ainda mais importante que os organizadores da horta sejam qualificados.
Quais os benefícios?
Existem muitas vantagens em criar e cultivar uma horta comunitária! Confira algumas:
- Promove a segurança alimentar em comunidades carentes e deficitárias de uma boa alimentação, sem precisarem gastar para isso;
- Desenvolve a população participante do projeto, gerando troca de experiências e integração;
- Dá um uso para espaços desocupados;
- Possibilita a geração de renda;
- Proporciona uma atividade saudável, com benefícios para a saúde mental e física de quem a realiza.
Conheça alguns projetos de hortas comunitárias
Para inspirar a organizar a sua, conheça alguns projetos bem-sucedidos de hortas comunitárias urbanas:
– Hortas Cariocas: criado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente da cidade do Rio de Janeiro, está presente em 30 comunidades e na rede de ensino da cidade. Gera empregos diretos entre os moradores dos locais que recebem as hortas e pessoas ligadas às escolas.
A produção tem três finalidades diferentes: uma parcela vai para as creches e escolas próximas, outra parte é para o consumo de famílias em risco social e o restante é comercializado. O lucro vai para os parceiros da iniciativa.
– Projeto Germinar: uma iniciativa da Prefeitura de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, que tem o objetivo de utilizar as hortas comunitárias para ocupar espaços abandonados e melhorar a qualidade de vida da comunidade.
A ação estimula interação social e formação de laços entre os vizinhos, e incentiva a alimentação saudável e orgânica. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura da Cidade, o custo para manter o projeto é muito baixo considerando os resultados sociais que ele traz.
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